quarta-feira, 1 de dezembro de 2010

Queda de quase 20% nos novos casos de Aids em uma década

Vítimas fatais da Aids desde o surgimento da doença chegam a 30 milhões

por Denise Homem


O relatório anual da Unaids informa que número de novas infecções de Aids prossegue e a redução chegou a quase 20% em 10 anos. Quase 30 milhões de pessoas já morreram vítimas da Aids e 60 milhões foram infectadas, segundo documento do programa de combate à epidemia da ONU, em colaboração com a Organização Mundial de Saúde.

O diretor executivo da Unaids, Michel Sidibé, comemora: “Podemos estar orgulhosos destes avanços e do que nos reserva o futuro comum. Outros avanços estão por chegar, dentro da revolução da prevenção, esboçamos progressos decisivos graças aos testes de um novo gel microbicida, que despertam esperanças para toda uma geração de mulheres”.

Suas declarações têm como base os resultados dos testes do gel microbicida na África do Sul, realizados pelo centro Caprisa. Na 18ª conferência mundial sobre a Aids, em Viena, foi divulgada a possibilidade de contar com um novo instrumento para controlar a epidemia.

Maior acesso ao tratamento também é contabilizado como fonte do progresso. Em 2004, cerca de setecentas mil pessoas tinham acesso ao tratamento antirretroviral. Em 2009 mais de milhões de pessoas que moravam em países pobres ou intermediários foram atendidos. Porém, a nova crise econômica deve congelar os investimentos na luta contra a AIDS.

Em 2009, 16 bilhões de euros foram disponibilizados ao combate à doença e são necessários 10 bilhões a mais em 2010, segundo a Unaids.

A África subsaariana tem 67% da população infectada pelo HIV e 72% das mortes provocadas pela Aids em 2009. A Suazilândia permaneceu como o país mais infectado do mundo, com 25,9% de prevalência do HIV entre a população adulta.

Entre os cinco países da África subsaariana com alto nível de epidemia, África do Sul, Etiópia, Zâmbia e Zimbábue reduziram as infecções em mais de 25% entre 2001 e 2009, enquanto a Nigéria estabilizou a epidemia.

Na Ásia, número que não mudou em quase cinco anos, graças aos esforços de prevenção da transmissão mãe-filho. São 4,9 milhões de pessoas com o vírus,
Porém, ao generalizar as tendências variações importantes são ocultadas. Na China, por exemplo, cinco das 22 províncias do país têm 53% das pessoas que vivem com Aids.

Na Europa oriental e na Ásia central, o número de novas infecções (1,4 milhão) triplicou entre 2000 e 2009. Rússia e Ucrânia concentram quase 90% dos novos casos.

No Brasil, os dados do Boletim Epidemiológico Aids/DST são de 2008 e mostram que, de 1980 a junho de 2008, foram registrados mais de 506 mil casos de aids com mais de 205 mil mortes em decorrência doença. A epidemia no país é considerada estável. A média de casos anual entre 2000 e 2006 foi de 35 mil. Em relação ao HIV, a estimativa é de que existam 630 mil pessoas infectadas.


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